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9 mai 2016

Insulto e ofensa

GRAVISSIMO é o insulto que o 1º ministro António Costa, desprovido de qualquer sentido de Estado e sem pinta de vergonha, acaba de assestar no amor próprio e na honra dos portugueses! Desde logo, um insulto, uma ofensa gravíssima à Justiça portuguesa, e uma descarada forma de pressão exercida sobre as suas mais ilustres e honradas figuras. Pondo em causa a confiança que hoje apesar de tudo, por fim nos merece, essa exausta e periclitante justiça depois dos tratos a que foi sujeita no decurso da negra noite do socratismo.

E merece-nos agora essa ainda frágil confiança, por mérito dos responsáveis políticos que a tutelaram sob o governo de Passos Coelho - não esquecer a ex-ministra da justiça Paula Teixeira da Cruz e a procuradora-geral da República de então, Joana Marques Vidal - que asseguraram à magistratura o pleno exercício dos poderes que a lei lhe confere. E assim foi possível o avanço dos trabalhos judiciais de magistrados tão probos e operosos como o juiz Carlos Alexandre e o procurador Jorge Rosário Teixeira, insígnes representantes de uma justiça digna desse nome e a querer renascer das cinzas. Magistrados que, diga-se ainda, o bando socratista - no âmbito de um desbundado clima  de permissividade de que gozam certos arguidos socialmente poderosos -, através de uma imprensa mal informada e mal formada,  não tem cessado de insultar.

Uma república das bananas. República que parecendo vir paulatinamente a regenerar-se na esfera judicial, com este insólito e suspeito convite feito por A. Costa ao ex-ministro, ex-1º ministro e ex-presidiário José Sócrates, para o acompanhar na cerimónia de inauguração do túnel do Marão, acaba, pois, António Costa por perder a vergonha que lhe restava. E quem sabe até, se ainda veremos o arguido em ameno e reconfortante convívio com a muito respeitável e actual ministra da Justiça, Francisca Van Dunen. Acaso esta marque presença na comitiva das festas por imposição ou amável insistência do seu chefe, auto-imolando-se enquanto política confiável, enquanto cidadã honesta e reserva da própria República. 

Não sabemos se Costa igualmente convidou os representantes da empresa Lena e de outras suspeitas entidades da constelação mafiosa vara-socratista. Como sabemos, e as provas acumuladas nos tribunais nem a casa forte da Caixa G. D. chegaria para as guardar, através dessa cúmplice aliança circulava o dinheiro sujo. Provindo de corruptos construtores de pontes e de túneis, de freeports e vales do lobo e de outros resorts rumo à banca dos Salgados e quejandos. E desta desgovernada oligarquia financeira a funcionar à rédea solta, desaguando em coniventes e abrigados paraísos fiscais. E por fim, todo esse dinheiro nauseabundo, vindo a parar às dezenas de milhões nos bolsos e contas secretas de um "pobre estudante" de ética política instalado num palacete do ultra-selecto XVIe arrondissement de Paris, bem como às algibeiras de amantes várias e de outros comparsas, íntimos e familiares.

Aliás, entretanto o nosso pobre estudioso e ex-1ºministro, a quem a mãe, confessava o mesmo condoído, para sobreviver na Cidade Luz emprestava uns dinheiros, se ocupava a congeminar um memorando académico de falsa autoria e a ludibriar a universidade francesa. E assim, a enlamear também a imagem dos portugueses além-fronteiras.

E concluída a tramóia, na aliás muito suspeita escola parisiense então ao serviço do PSF por intermédio de um malogrado e extravagante director, Siences Po, o seu "petit nom", a cereja  em cima do bolo da grande vigarice académica e literária viria a exibir-se numa patética e ubuesca sessão no acto pomposamente ridículo da edição do escrito em português. E pasme-se, chegando o vígaro ao despudor de envolver na operação do lançamento do texto, elaborado por mãos mercenárias, um dos mais respeitáveis, relevantes e consagrados homens de letras de Portugal.

É certo, ou pior ainda para o compulsivo burlão, um homem de provecta idade e há longos anos próximo do PS. Que no acto se viu amesquinhado num autêntico labirinto de trapaças emparelhado ao sr. Lula da Silva. Um semi-analfabeto corrupto e chefe do PT e do bando do "mensalão", a famigerada sociedade de compra de votos do parlamento brasileiro. E ainda, este ex-sindicalista e ex-presidente de um país que aposta displicentemente na "ordem e progresso", envolvido no gigantesco escândalo da Petrobrás. Tudo actividades mafiosas a mancharem profundamente a democracia no Brasil e a demolirem de forma brutal as suas finanças públicas e economia. Tudo em nome da democracia e do povão que tanto amam.

Pois é então este intelectual do samba e da sanfona, homem de alta craveira cívica e impoluta honorabilidade, que ali veio legitimar com a sua analfabeta sapiência os pergaminhos filosóficos do energúmeno eng. técnico da Covilhã. E ainda, nesta operação burlesco-livreira, um oculto "director de compras" massivas - perto de 200.000 euros que avançou aos cúmplices compradores do seu "próprio" livro, visando simular um estrondoso êxito popular - um best-seller do Grande Sócrates de Vilar de Maçada. Mais uma falsidade, mais uma burla a agravar o seu torpe cadastro.

E este Sócrates, que já havia "comprado" uma licenciatura com exames efectuados por fax e com notas em cinco disciplinas de um mesmo ano e "leccionadas" pelo mesmo docente, por mero acaso um amigo da política e dos negócios, lançadas ao domingo nos livros de assento, a assumir, urbi et orbi, naquele beato e eufórico espaço de confraternização socialista, o lugar do santo em modo de canonização.

Voltando ao Marão e aos seus obscuros túneis, quanto aos simpatizantes, aos eleitores e militantes do PS que alguma réstea de pudor guardarão na cara e ainda confiam neste partido, o gesto de António Costa ao enveredar por uma operação de branqueamento do dito aldrabão e corrupta personagem, a ofensa é grande, o sapo monstruoso e fétido. Mas vendo bem um repasto merecido. 

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