Canalblog
Editer l'article Suivre ce blog Administration + Créer mon blog
Publicité
ic1.canalblog.com
13 mai 2016

Transcrições, Marcelo

Escreve Ana Sá Lopes no jornal I: "Marcelo é irresistível a dançar a marrabenta, a beijar pessoas, a tirar selfies com todos os habitantes do planeta em geral e com os de Moçambique em particular ... um Presidente tem de ser um diplomata e não um beijoqueiro-dançarino". Decerto muitos milhões de portugueses pensam exactamente o mesmo. Porém, o populismo sem freio de Marcelo, que no decurso da campanha eleitoral ainda poderia possuir alguma lógica, com a eleição como representante máximo do Estado Português, tornou-se uma insólita excrescência, uma caricata infantilização do cargo, um terramoto para a imagem do juiz supremo de uma nação. Da marrabenta saltará amanhã para o vira e depois para o fandango, a chula e a lambada.  Olé, olé!!!

O Presidente MST, um dos mais inteligentes, dos mais bem preparados homens políticos e um dos que mais longamente visou um lugar tão carregado de potencial simbólico - e daí inevitavelmente preso às imprescindíveis liturgias da função presidencial -, sem enxergar o que um simples homem ou criança de bom senso logo intui, num descontrolado arroubo de recolector de "gostos" feicebuquianos, não perde ocasião para se chegar aos números e audiências de um Toni Carreira, de uma Ágata da Silva, ou de um qualquer Barreiros de chapéu ao lado, de bigode e concertina.

Patética a explicação que Marcelo deu aos jornais, embora ostentando a postura adequada que dele se espera, sobre a dita, desarvorada e ultajardinesca folia populista: "eu sou assim".

Com semelhante justificativo qualquer comportamento socialmente inconveniente, desagradável ou ofensivo, para não dizer ilícito, ficaria automaticamente legitimado. Quem votou em si, Presidente Marcelo Rebelo de Sousa, não pretende ver a sua figura e magistratura relegadas para o pódio e popularidade de mais um "parodiante de Lisboa".

Encerre lá, e de vez, tanto festejo e deslumbramento. A hora é de esforço e de concentração no essencial. De construção de um sistema político mais produtivo, mais sério e edificante para os portugueses. Para superarmos a bancarrota. E, de vez, vencermos a miséria ética para onde os Sócrates e seus ministros, os seus adjuntos, empresários, banqueiros e amigos corruptos conduziram o país.

 

Publicité
Publicité
Commentaires
ic1.canalblog.com
Publicité
Archives
Publicité