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3 octobre 2018

Do Brasil

 

Lido no Observador: "Tentemos perceber um pouco melhor quem ele é, começando pelo Dicionário para (não) perceber as eleições no Brasil que João Pereira Coutinho elaborou para a Sábado, onde defende precisamente que, ao contrário de Trump, ele não é um outsiderque veio de fora do sistema para o subverter: “Em rigor, Bolsonaro é um insider com três décadas de vida pública, ainda que habitando o "baixo clero" do Congresso, onde cumpre o seu sétimo mandato como deputado federal. Além disso, os eleitores bolsonaristas não estão entre os pobres e pobremente escolarizados. Estão entre as classes médias e altas, com escolaridade ao mesmo nível.” 
 
Só que, escreve o mesmo João Pereira Coutinho numa outra crónica, Os rapazes do Brasil, também na Sábado, um texto onde procura explicar uma popularidade que ele mesmo testemunhou ao cruzar-se com o candidato num aeroporto, a verdade é que “Se Bolsonaro é o rosto do autoritarismo, a maioria gosta daquele rosto. Dentro do aeroporto e fora dele”. Ao falar das razões, é muito duro e directo: “Jair Bolsonaro é a expressão do esgotamento político e partidário brasileiro. Mas é também um caso clássico de "rebelião das massas", dispostas a chamar a caserna para punir a corrupção endémica do país e a violência demencial que provoca mais de 60 mil homicídios por ano. Quem chora agora chora tarde. A juntar a isto, é penoso assistir às entrevistas do candidato. Não apenas por causa dele - uma cabeça tosca, impreparada e perigosa. Por causa dos jornalistas que, cegos de ódio, são incapazes de confrontar Bolsonaro com as suas insuficiências "técnicas", digamos assim. (...) A intelligentsia, que obviamente não aprendeu nada com o fenómeno Trump, continua em circuito fechado, a falar para o umbigo, indiferente à realidade que existe lá fora.” 
 
Mary Anastasia O’Grady, a especialista em América Latina do Wall Street Journal, em Brazil’s Trumpian Candidate, também procura explicar que há bastantes diferenças entre a base eleitoral de Trump (os brancos da classe média baixa em declínio) e a de Bolsonaro, que é mais jovem e educado, e que isso tem sobretudo a ver com a corrupção do PT..."

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