Albuquerque, Aberto João, Cristiano Ronaldo

Este presidente do Governo Regional é um pândego. Um pândego populista a exemplo do seu antigo patrono. Não é que o homem decide baptisar o aeroporto da Madeira com o nome de um futebolista?  A distinção que, em país normal, costuma ser reservada para celebrar uma personalidade de grande vulto político, literário ou científico, ou um herói verdadeiro, daqueles que operaram grandes feitos, os Gamas,  os os Gago Coutinhos, os Salgueiro Maias, pois bem, por ali, por perto dos trópicos, é assim, alguém dá uns pontapés certeiros numa bola e já cá temos o nosso herói.

Pobres madeirenses governados por tão medíocres indivíduos. Pobres portugueses. Ainda bem que o tonto não se lembrouu de trocar a designação de Região Autónoma da Madeira por R. A. da Cristianoronaldolândia. O que, vendo bem, seria ainda pouco para celebrar os grandes feitos do rapaz futebolista.

P. S. Ou afinal a escolha, vejamos, não passará de  uma manobra de vingança intrapartidária. Tendo o dito presidente do Gov. Regional, um tal Albuquerque, agora de candeias às avessas com Alberto João, o Grande, e sendo este, considerando a canhestra pequenez do aldeamento, um putativo candidato àquela distinção, foi assim impedido de alcançar tal honraria. Albuquerque, ao subir a fasquia do populismo, descendo ao plano do chuto à bola, negou a Alberto João, o seu antigo protector, de ser equiparado a um Sá Carneiro e a um Humberto Delgado. Ao rapaz, distinto jogador da bola, que nesse estrito plano merece por todos nós ser reconhecido com o nome, por exemplo, no topo do estádio dos Barreiros, ninguém pensará contudo em estabelecer paralelismos simbólicos com os supramencionados homens políticos. E assim, os dislates monumentais que cometeu Alberto no decurso do seu jardinesco reinado valer-lhe-á uma praceta ou talvez uma avenida.