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21 octobre 2015

Costa Stripas?

A tradição do ciclo democrático resultante das convulsões políticas dos anos de 1974-1975, em Portugal, tem sido a indigitação como 1º ministro do líder do partido mais votado nas eleições para a Assembleia da República.

Ponto final.

Bem estranha, mais que insólita, é assim a actual manobra de António Costa ao tentar romper essa tradição democrática. Depois de haver durante a campanha propalado triunfalmente que tinha em carteira uma maioria absoluta! Sonhando então vir a esmagar toda a concorrência à sua esquerda. Ou seja, arrasar o Bloco e o PCP, esses pestíferos nostálgicos do colectivismo estatal, inimigos do euro, inimigos da democracia liberal e inimigos da Europa.

Mas, derrotado nas urnas,  ei-lo esquecido dos anátemas que proferiu durante décadas - a experiência frentista ao nível municipal em Lisboa não conta para nada no âmbito nacional - e depressa vai congeminar uma percária e mais que incerta jangada governativa com os inimigos da véspera. E assim agitar ou estarrecer os "mercados", isto é, a banca onde regularmente o país precisa de bater à porta para se financiar. E por isso desestabilizar o país e colocá-lo, se vier a obter êxito  na manobra, numa situação semelhante à da Grécia. 

À sombra do Parténon, as manobras do sr. Tsipras - herói da luta anti-troika e redentor da pátria -, visando demagogicamente, com promessas de leite e mel a rodos, atrair o voto dos seus concidadãos menos clarividentes, surtiram efeito. Porém, da noite para o dia, perante o concílio do Olimpo europeu coroado por Angela Merkel, a odiada avatar de um nazismo redivivo, acabou o fogoso Tsipras por trair as promessas feitas, baixar a cabeça e submeter-se como manso cordeirinho ao pesado jugo de Bruxelas.  

Ora esta Grécia, sem o meio ano de carnaval politiqueiro syrisino, teria alcançado um crescimento de 3%. Porém o fruto, os ganhos do tsiprismo, foram antes uma recessão que vai já nos 3% negativos! Uma perda por conseguinte de 6% do produto.

É isto que queremos para Portugal? Um governo PS negando um percurso de quatro décadas e amarrado agora, abruptamente, aos programas das formações esquerdistas que também prometem leite e mel, os pastéis de Belém e quem sabe as passas do Algarve?

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