Náufragos

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Mais um naufrágio no Mediterrâneo. Mais um drama da dramática situação político-militar do Médio-Oriente e África do Norte. Como da Eritreia e Afganistão entre outros braseiros ateados por governantes e jornais de países irresponsáveis. E onde o voluntarismo utópico é idêntico ao nível de ignorância sociológica relativamente à natureza das nações e das civilizações distribuídas pelos cinco continentes.

E com a abertura indiscriminada das fronteiras da Europa às ondas de emigrantes clandestinos, numa investida massiva e sempre em crescendo, os dramas não vão parar. E, naturalmente, a política populista gizada de improviso sobre uma foto pungente, decerto irá arrepiar caminho.

Pensando bem, não seria mais natural que os candidatos ao refúgio, e com direito a usufuir de tal estatuto, se dirigissem paras os países do Golfo, logo ali vizinhos? E onde a riqueza pública é colossal, a língua e a cultura religiosa idênticas ou semelhantes, o território imenso e a demografia escassa? Ou então para a Argélia ou até Marrocos onde espaço não falta e onde, com o apoio tradicional de fundos e a tecnologia europeia poderiam sem mais traumas reabilitar as suas vidas?