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14 novembre 2012

Caridade, injúrias e sarcasmos

Pelos vistos, Isabel Jonet, a criadora e principal responsável de uma das instituições portuguesas mais noblitantes, O Banco Alimentar, organismo cuja acção tem minorado a miséria em que vegetam muitas famílias e portugueses, terá declarado num programa de televisão que todos, em Portugal, devemos "reaprender a viver mais pobres". Uma banalidade que entra pelos olhos dentro!

Porém, uma certa franja de indivíduos que se julgam, ou até proclamam, serem os guardiões dos mais desfavorecidos, de gente caída no desemprego e na penúria, dos pobres e dos miseráveis,saltaram-lhe logo ao caminho para a insultar. Exactamente aquela espécie de manifestante a la page, tatuagem allgures no antebraço ou na área desnuda que exibe o umbigo ou a região abaixo da cintura, activista irreverente e na crista da onda ideológica esquerdista. E sempre anti-tudo e anti-todos, que vive de um emprego público bem  remunerado ou de subvenções que lhe são regularmente atribuídas pelo Estado sem reconhecida correspondência cívica ou social. Isto é, sem a contrapartida de um qualquer serviço ou obra efectivamente relevantes para a comunidade. E sobretudo para aqueles extractos sociais mais fustigados pela sorte. Pois bem, levantaram logo esses barafustantes bem-pensantes uma pira de injúrias e sarcasmos destinada a imolar a senhora, e onde expeditamente içaram a efígie da visada -Isabel Jonet.

Suspeita de reaccionarismo católico, foi de imediato sentenciada por crime de acção caritativa e sujeita a um simulacro de cremação verbal. Em nome, está claro, da justa linha política decretada por semelhante tropa de militantes. Linha que assenta no recurso ao endividamento do Estado e na gestão desleixada da causa pública, mas, como se sabe, um receita que não dispensou nas últimas dezenas de anos a existência de instituições como a de Jonet, activas no terreno, e essas sim entre os pobres.Aliás, a miraculosa receita que muitos políticos, para se perpetuarem no poder e no escalão social de onde podem extrair sem custo benefícios vários e rendimentos apetecíveis, levaram à prática e nos levou à actual situação de iminente bancarrota. E assim à humilhante situação de pedintes em que nos encontramos a aguardar a benevolente compreensão dos povos mais diligentes, mais activos e menos corruptos...

Sobre a questão leiam em particular a nota "Uma campanha", um comentário de Pedro Lomba, um dos mais instruídos, sério e inteligente dos nossos comentadores, nota hoje inserida na sua habitual rubrica "Assuntos temporários".do jornal Público. Lá está tudo dito. E bem dito...   .

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