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21 janvier 2012

Claro que a maçonaria é uma organização política.

Claro que a maçonaria é uma organização política. Ou melhor, politiqueira. Na mais pura acepção da palavra e votada a um frenesi congénito e inesgotável da maquinação. Conhecem a história da famigerada Ongoing? Os tráficos escabrosos entre a secreta portuguesa, ou melhor, socratista, e esta empresa? E quantas outras empresas e outros outlets mais?

E um pouco por toda esfera da função pública como será? Com destaque para a Alta Administração e o ensino ? Neste, sobretudo no superior, quantas Universidades estarão hoje libertas dos gulosos e tenazes tentáculos da companhia do avental? Se a liderança da bancada parlamentar, PSD, CDS e PS,está por inteiro nas mãos de uma triangular aliança de maçons, espanto dos espantos, decerto em outras instâncias e instituições menos expostas à opinião pública é de admitir que as lideranças e demais subalternos capatazes não serão lá muito distintas?

Onde paira então, por trás da hipócrita comédia, a necessária controvérsia e escurtínio que definem uma qualquer democracia que se preze?

Se em outras eras de ausência de liberdades públicas, ou escassez das mesmas, a laico-deísta companhia foi útil politicamente, esses tempos são outros ... e os homens igualmente outros. Ora a identificação do agrupamento ou seita - este termo parece-me mais que adequado -, com a esfera pública,  numa perspectiva de domínio de bastidores da governação em função dos seus  interesses, claramente burgueses e até plutocráticos, é facto consabido. E não foi Adelino Maltêz, um comentador que aparece uma vez ou outra numa das televisões a dissertar sobre política, sempre muito erudito e assertivo, sem falar do enviesamento de raciocínio que lhe é característico, não foi ele então que surgiu há uma semana ou duas, estoque em riste, ardor de prosélito, a defender a natureza política da maçonaria, diríamos hiperpolítica, quando maçons assumidos ou desarmariados contra a vontade se esforçavam nessa mesma ocasião a negar qualquer apetência por essa espúria actividade? Não senhor, a maçonaria é um cenáculo de almas obcecadas pela perfeição, diziam estes. Uma assembleia de espíritos nobres a talhar os ângulos mais ásperos da sua compleição ética. Enfim, uma irmandade em ascese moral.

Não sei se nessa intervenção viram e ouviram Maltez a evocar uma série de motins, revoltas e revoluções,  bem como uma série de augustas figuras republicanas cuja pegada é bem visível no nosso passado sócio-político recente, e ainda a enumerar uma série sem fim de marcas monumentais espalhadas pelo território da capital? Desde o tenebroso olho triangular profusamente distribuído pela estatuária republicana às elegantes colunas lisboetas do cais respectivo? Então em que ficamos? Com este historial, estes beneméritos, ocupam-se de tudo, de tudo, menos de políticas?

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