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19 mars 2017

O trio do mal

O sr. Marques Lopes continua a praguejar contra o incumprimento dos prazos para ser deduzida acusação pelo procurador que tem a cargo o processo dito "Operação Marquês". Como se um caso tão complexo de fraudes (roubos e colossais vigarices como jamais ocorreu em oito séculos de história portuguesa, passando as somas de dinheiro sujo por uma rede de contas em nome de empresas de fachada sitas em mil paraísos fiscais), pudesse ser despachado no decurso de um período de tempo semelhante ao do processo de um simples pilha-galinhas.

Tanto mais que no vórtice do ciclone mafioso se encontra um habilidoso 1º ministro, protegido por uma nuvem de amigos e militantes partidários. Contando o mesmo grupo que defraudou os dinheiros públicos grandes cabeças da alta finança, da banca, da política, e magistrados complacentes, senão corruptos. E ainda um batalhão dos mais sabidos advogados de negócios internacionais, indivíduos com larga tarimba em esquemas de ocultação de provas e experientes no uso de toda a gama de truques para atrasar e impedir a descoberta da verdade pela justiça. Coitadinhos pois os meliantes da alta roda, clama o insígne e preclaro Marques Lopes, sujeitos a uma crueldade sem fim com tanta espera.

Dada a força dos indícios criminais que pendem sobre o "engenheiro" da Covilhã, e a risível justificação que este tem a apresentar aos portugueses e à justiça (a historieta do amigo que lhe empresta milhões atrás de milhões sem qualquer contrapartida senão a da impoluta amizade), convenhamos uma narrativa para néscios. E assim nada tendo de credível a que se agarrar os seus advogados para defenderem o indivíduo, impingem-nos ad nauseam a treta do horror dos prazos incumpridos. Querem-nos pois convencer, esses advogados e os televisivos amigos do povo, da democracia e pasme-se, da própria justiça, que os 28 elementos já arrolados no círculo criminoso estão a ser vítimas de atrozes suplícios psicológicos com tamanha demora. Sendo afinal, conclui-se, os maus da fita os heróicos investigadores e juízes que têm a deslindar a montanha de provas de actos criminosos que desmesuradamente se vão acumulando nas suas secretárias.

O que os ignaros predadores do tesouro nacional pretendem, é claro, é evitar que venham a surgir provas ainda mais rotundas que os incriminem para além daquelas já ao dispôr dos tribunais. E que a acusação, pressionada pelos prazos, possa ficar mal estruturada e assim permitir aos advogados dos burlões tirarem proveito de tal fragilidade. Uma tão grande burla, senhores, exige tempo! Anos e anos de pesquisa e análise, reflexão e ponderação na formulação da prova. Como é óbvio. Mas os amigos do PS socratista não cessam de nos azucrinar com a insidiosa lenga lenga dos prazos. Do género da que ouvimos da boca de um tal Nabais e de outros amigos da verdade com canal aberto em vários programas de TV.

 


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