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7 juillet 2016

PRAXES, a criminalidade consentida

Lido no I, crónica de Vítor Rainho: " Em nome do fim das praxes dos covardes

Pode ser que esta “equipa” consiga sensibilizar os reitores para condenarem vivamente as práticas covardes de uns tantos arruaceiros que se sentem os donos do mundo a infligir castigos aos novatos. E que dessa forma se aproveite o melhor que já se faz nas boas-vindas aos novatos.

A história das praxes conseguiu praticamente um milagre: unir todos os partidos na reprovação das mesmas. Será isso suficiente para pôr fim a um ato selvagem, na maioria dos casos, ou tudo não passará de uma boa intenção?

Ao longo dos últimos anos, muitos foram os jovens que sofreram às mãos de covardes que procuraram vingar-se do que lhes tinha sido feito. Há mesmo registo de casos mortais, não se sabendo os traumas que as praxes causaram em muitas centenas de jovens que se sujeitaram para não serem ostracizados pelos colegas ou simplesmente por terem medo da trupe de energúmenos.

Sempre que estamos em época de praxes, choca-me ver no Estádio Universitário de Lisboa jovens sujeitarem-se às parvoíces dos mais velhos sem protestarem ou se revoltarem. Como é possível não sentirem um pingo de dignidade e não se atirarem aos praxantes? Como é possível alguém sentir-se bem a lamber as botas dos colegas? Ou a uivar para gáudio da assistência? Apesar da alarvidade, estas até não são das mais violentas. Mas o que dizer de sevícias sexuais e afins?

Esta semana, 100 individualidades da dita sociedade civil, com políticos de todos os partidos com assento parlamentar, subscreveram uma carta aberta aos reitores das universidades pedindo que se encontrem alternativas a tais práticas e apelando a formas de integração dos novos alunos. É certo, como defendem alguns políticos, que não é com legislação que se vai lá. As proibições não costumam ter o efeito desejado e, por isso, é bom que se aposte na mudança de mentalidades, tentando encontrar outras formas de receber os caloiros. Curiosamente, entre os signatários encontram-se militares, artistas, escritores, cineastas, jornalistas, professores, além de políticos. Pode ser que esta “equipa” consiga sensibilizar os reitores para condenarem vivamente as práticas covardes de uns tantos arruaceiros que se sentem os donos do mundo a infligir castigos aos novatos. E que dessa forma se aproveite o melhor que já se faz nas boas-vindas aos novatos."

Não se iludam!

O populismo universitário, estimulado pelo modelo de eleição do reitor, tira proveito de uma educação juvenil desprovida de normas. Potenciada por uma cultura de massas desprovida de qualquer baliza ética, moralidade ou virtude social. Kultura, de baixissima responsabilidade civilizacional, que a  imprensa bem pensante e a mal pensante, com rarissimas excepções, não cessam de difundir e aplaudir.

A máquina registadora funciona ao nível da partes baixas, do regabofe sentimental, do desrespeito das promessas, dos pactos e das juras. Da violência. Mesmo assim, aplausos, aplausos para Vítor Rainho e para os promotores e subscritores do documento 

 

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