BREXIT or not brexit?

Que a saída do Reino Unido da UE, a curto e médio prazo, irá traduzir-se em nefastas consequências económicas para Portugal, para o UK e a própria União no seu todo, é uma inevitável consequência.

Porém, a UE, nas restantes, aventureiras e precárias dimensões da sua actual configuração, com o clamor referendário a alastrar por outros dos seus membros, poderá vir a ter que refundar-se seriamente. E a sanar as múltiplas anomalias que a caracterizam.

Primeiramente, a nível político, terá a enfrentar a escassa legitimidade das suas estruturas instituicionais. Estruturas de comando em que a caricatura do princípio fundamental da subsidiariedade é um facto vergonhoso, associado a um evidente e burocrático tropismo centralista. 

Culturalmente, a tendência homogenizante que decorre da expansão da baixíssima cultura de massas - uma calamidade para o potencial criativo dos europeus e das suas plurais idiossincrasias -, poderá então atenuar-se remetendo para plano secundário essa deletéria expressão "cultural" que também vai alastrando e infectando muitas outras culturas do mundo.

Leave or remain?