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26 mars 2016

PSD,opinião

Uma opinião a considerar: Embora estejamos a viver o autodesignado “tempo novo”, muito propício a memórias curtas, é sempre oportuno recordar que o PSD governou porventura os quatro anos mais exigentes da história democrática nacional. Cumpriu com sucesso um plano leonino de assistência financeira que, apesar dos altíssimos custos sociais e políticos, evitou as profecias de um segundo resgate e as consequências ainda mais desastrosas que daí resultariam para o país e para os portugueses. Teve a coragem de enfrentar interesses instalados, clientelas e corporações que, ao longo de décadas, submeteram o bem comum aos seus inalienáveis privilégios. Com resiliência, contrariou o coro trágico de uma oposição destrutiva e tremendista que procurou capitalizar politicamente os sacrifícios da população. Fez uma legislatura a pensar no país e o país retribuiu essa confiança com uma votação maioritária nas últimas eleições.

É por isso estranho um certo tom justificativo que paira sobre o próximo congresso nacional. O PSD – contrariamente à tradição histórica do PS – não colocou a sua identidade na gaveta. Pelo contrário, respeitou uma matriz social, humanista e interclassista na ação governativa, assegurando a proteção dos rendimentos mais baixos, acrescentando euros, e não cêntimos, às pensões mínimas, reduzindo como nunca o preço dos medicamentos em Portugal, alargando as isenções no acesso ao serviço público de saúde ou aumentando o, até então congelado, salário mínimo nacional. Ao contrário da ideia repisada pelo coro trágico, não foi fraco com os fortes: tributou setores protegidos, como a banca e a energia; estancou – e aqui falo com especial conhecimento de causa – o endividamento galopante na administração pública; empreendeu o maior combate de sempre à evasão fiscal. Não pode haver ambiguidades nesta matéria: o PSD deve orgulhar-se do que fez e apresentar, sem arrependimento, os resultados da sua governação aos eleitores, demarcando-se clara e inequivocamente do exercício “geringoncista...”."

Pinto Moreira, Presidente da Câmara Municipal de Espinho no Jornal I de 24.03.16

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