Lavajato, lulagate
Finalmente o chefe do bando cleptocrata do PT, o grande libertador do povo brasileiro e grande amigo de J. Sócrates, o sindicalista Lula da Silva, "pai dos pobres", acaba por começar a prestar contas à justiça do seu país.
Lembremo-nos que tão veneranda figura, uma sumidade em matéria de filosofia política, veio expressamente do Brasil para apresentar e garantir a qualidade da obra ensaística do ex-1º ministro português, outro intelectual de alta craveira. Aliás, uma obrazinha choxa, escrita por um mercenário e paga pelo sr. engº da Covilhã, soube-se mais tarde, textinho centrado na questão das práticas de tortura com vista à obtenção de provas para inculpar um detido sujeito a interrogatório policial.
Pouco depois desse estrondoso lançamento literário, onde acorreu em massa a fina-flor e barões do PS, o "autor" do maior best seller ensaístico da história do comércio livreiro português (proeza obtida à custa das compras a mando e financiadas pelo próprio suposto autor, J. Sócrates, o vigarista) vindo a ser encarcerado em Évora durante um ano. Isto, por graves indícios de corrupção, à escala de para cima de vinte milhões de euros de luvas mafiosas. Danos colossais para o erário público nacional e sobretudo para a imagem de Portugal.
O lavajato-socratesgate, eis pois uma amizade luso-brasileira...
Ora o grande herói da democracia sambista, o grande e emérito Lula da Silva, que depois das condenações do seus directos assessores (o presidente da maior construtora brasileira, um tal Odebrecht o principal agente de negócios de Lula já apanhou 19 anos de prisão, excatamente quem pagou a Lula a deslocação a Lisboa para o apadrinhamento do famoso livro de José Sócrates), pois dizia então que este Lula há muito que deveria ter sido chamado a responder. Por fim foi detido para interrogatório. Mas o homem, é claro, como todos os suspeitos que vemos passar nos écrãs da TV, diz-nos estar de consciência tranquila.
Porém, consciência tranquila tranquila mas nem por isso. Começou já o homem a esbracejar e a amotinar os seguidores e fiéis capangas para responder na rua à descomunal insolência da justiça. Nem mais. E a senhora Rueff, a actual presidente, também chamuscada pelos dinheiros do "Lavajato", pressurosa, correu, por sua vez, indignadíssima, a visitar e inocentar o ex-chefe e padrinho e a imiscuir-se com ameaças na área da justiça.
Bom exemplo de conduta democrática por parte de uma presidente.