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28 février 2016

Cartazes

 Surreal este título do DN: "Católicos, políticos e comunidade gay atacam cartaz do BE".

Não fora o comentário de F. Louçã na SicNotícias acerca da incursão teológico-política do BE em matéria de exegese bíblica e desfragmentação da ordem jurídico-biológica, não iria perder tempo com o mau gosto e a inépcia da "engraçadinha" que chefia a agremiação da rua da Palma. 

Ao dar luz verde a um panfleto iconográfico fortemente desrespeitoso - na sua chocarreira pimbalhice e despropósito -, relativamente à crença de centenas e centenas de milhões de seguidores do Papa Francisco, não terá descortinado a senhora quanto poderia o cartaz ofender os sentimentos religiosos dos eleitores portugueses, crentes e não crentes, mas que sabem reconhecer e defendem o direito à liberdade religiosa e o respeito pelas crenças, pela simbólica e pelas práticas que lhes estão adstritas?

Tamanha insensatez a de Catarina que o DN pôde até aludir ao episódio com o título mencionado em epígrafe. E vejam bem,  inclusivé a referida comunidade fracturante, a grande base de apoio do BE, se achou incomodada e subscreveu as críticas que lhe foram feitas vindas da Igreja e da direita!

É certo que Catarina, frente aos microfones dos jornalistas, acabou por, esquivamente, admitir ter cometido um erro. Mas sempre reiterando a inocência da mensagem.  Ou seja, a populaça não teria "compreendido" a subtileza amável da associação de Jesus C. às "paternidades" alternativas que tanto promove e tanto a comovem.

Quanto a Francisco, Louçã, como é que um político culto, inteligente e grande estratega, e que agora se interessa, e com razão, pela hermenêutica da cartazística político-comercial (cf. jornal Público de 27.02.16) não foi capaz de reconhecer esse erro? É certo que a sua líder só hoje se pronunciou sobre o assunto. Ora do seu ponto de vista, a haver erro, como ontem declarou na SicNotícias, era apenas um erro de oportunidade. Uma questão de datas. Assim sendo, é de concluir que a mensagem de teor blasfemo - claro, blasfémia para os cristãos - , era inteiramente apropriada. Democraticamente impoluta. Limpa e sem sombra de ofensa para ninguém. Se os cristãos a sentem como ofensiva, isso é problema deles...

E assim, na Assembleia da República, em qualquer palco, palanque ou lugar público, ofender pelo dichote, pela troça delicodoce, pela chacota mais avinhada e pela vandalização simbólica das representações gráficas que subsumem os sentimentos mais sagrados dos seus concidadãos, passará a ser tido como um delicado argumento cívico, um meio de incrementar e dar solidez aos laços de solidariedade entre os portugueses. Perdão, entre as portuguesas e os portugueses.

PS. A propósito. Então por que motivo acha o mesmo BE que um elegante, ou dúbio elogio de salão, isto é um galanteio, suscitado por um atributo físico, ou não físico, dirigido a um ou a uma desconhecida, ou até conhecido ou conhecida, esse, deva ser logo juridicamente punido, sem ter em conta o direito à liberdade de expressão?   

O 2

a a 

 

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