Habilidades

O finório Costa, que à mesa de voto chega sempre de burro, mas depois, mestre na artimanha, acaba por guindar-se, miraculosamente,  às prebendas do poder, aí o vemos aceder de novo à liderança, mas desta vez de um governo-geringonça. E tão velozmente como o ímpeto do jaguar que a miseranda democracia acaba sempre por colocar-lhe ao dispor. 

E volta de novo, após outra derrota, desta vez sofrida nas presidenciais, a pôr em prática a metodologia da lisonja. Não é que o malabarista da política, o nóvel 1º ministro - afinal designado pelos seus arqui-inimigos do PCP e do BE - sugere a Marcelo, que à maneira gaulesa venha a dialogar, ou mesmo a despachar com os seus ministros? Isto, numa espécie de governação bicéfa e, por conseguinte, poder neutralizar uma independente posição judicativa do Presidente. Comprometendo-o, pois, com os dislates que já começam a evidenciar-se em vários bordos da jangada costista.

É claro que MRS, o Presidente a empossar, não é assim tão ingénuo que queira atolar-se no pântano que já se desenha e num sombrio horizonte que a todos ameça.