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30 septembre 2015

Costa

Um excerto do que diz Rui Ramos no jornal Observador sobre A. Costa: "...a oligarquia política é dona do país, e a democracia é o regime através do qual o povo é convidado a reconhecer esse senhorio. Ora, é difícil imaginar oligarca mais fácil de identificar do que António Costa. Costa cresceu ao colo do regime. Não houve dirigente do PS nos últimos trinta anos que não o tivesse posto num qualquer altar. Costa dá-se com toda a gente, da direita à esquerda. Chama-se a isso, em linguagem oligárquica, ser “consensual”. Passos não é assim. Andou na JSD, mas veio da província. Tirando Marques Mendes, nenhum líder do PSD lhe deu a mão e houve mesmo quem o tivesse perseguido. Não consta que fale com muita gente. Para a oligarquia, é um intruso, um “desconhecido”, como insinuou Costa. A frieza com que se permitiu tratar Ricardo Salgado, o banqueiro do regime, é a prova. No momento em que Costa apareceu, o país, como o cão de Ulisses, tinha obrigação de reagir. Que se passa? Os portugueses já não veem televisão?

No país da oligarquia, Ricardo Salgado ainda deveria ter um banco (com o dinheiro dos contribuintes), um ex-primeiro ministro nunca poderia ter sido preso, e um membro honorário da Quadratura do Círculo teria de estar à frente nas sondagens. A oligarquia está confusa. Querem ver que, afinal, a “austeridade” não foi tão má como os próprios oligarcas andaram a dizer? Terá sido a Grécia? O fantasma de Sócrates? As fatalidades do euro? Ou a culpa é toda do Costa, esse eterno hesitante? Tudo passa pela cabeça aos nossos oligarcas. Menos uma coisa: a hipótese de o povo os ter percebido, a começar pelo fracasso e fuga de 2011."

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