Grândola, socratismo e blasfémia
Homenagear as turpitudes socratistas recorrendo à canção heróica composta e cantada por José Afonso no período da resistência à ditadura salazarista, canção depois convertida no hino do 25 de Abril, é uma monstruosa blasfémia cívica que não pode deixar de indignar e revoltar profundamente os democratas portugueses.
Em Évora, no passado domingo, a populaça arrebanhada pelo clã socratista para pressionar a justiça e a opinião menos informada, sem despudor e para espanto de todos, apoderou-se do sagrado estandarte sonoro de uma nação oprimida e depois libertada, tendo em mente, com a arruaça, branquear as malfeitorias do recluso 44 da prisão daquela cidade. E assim, miseravelmente, conspurcando a bela expressão " o povo é quem mais ordena" e restantes versículos do hino abrilino.
Quem mais, doravante, poderá usá-lo sem antes hesitar, olhar em volta, e certificar-se de não divisar nas redondezas o facies do famigerado "engenheiro" covilhanense?
A propósito é de recordar a vinheta de Tomy, o grande caricaturista cubano, onde se vê um repórter a questionar uma dama exibindo um ramo (de cravos vermelhos ?) com a frase " como se chama o seu marido que a senhora diz que é um preso político?"
Resposta: "Jack destripador" (salvo seja..., cá entre nós ainda não se chegou tão longe ...)