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30 avril 2014

Ainda o 25A

Sem dúvida, o triunfante golpe militar contra a ditadura do Estado Novo foi um acto patriótico que não deve ser esquecido. Porém, hipostaziá-lo como essência da nação consubstanciada na vontade dos seus promotores, por décadas e séculos seculorum, entra em flagrante contradição com a natureza democrática proclamada pelo MFA quanto à mesma intervenção e consumada na entrega dos poderes políticos aos cidadãos representados em assembleia.

José António Saraiva, no seu último editorial do jornal SOL, com a singela clareza, e bom senso, que sabe pôr em cada frase que redige, di-lo sem pretensões de modo a que todos o entendam. Reconhecido "aos capitães de Abril", sublinha porém que esse oportuno e inesquecível feito cívico "não fez deles guardiões perpétuos do país nem depositários do seu destino". E a seguir avança com uma ideia que alguém, minimamente sensível às lógicas dos processos históricos, há muito conhece: " O 25 de Abril não foi indiferente para a história do país. Mas a situação do país não seria muito diferente sem o golpe que derrubou a ditadura".  É que, insiste ainda, " a marcha da história tem um sentido inxorável". Isto, é claro, convém lembrar-lhe, no âmbito de um contexto civilizacional dinâmico, numa área específica e num lapso de tempo determinado. Os grandes futuros, esses, de facto, são impenetráveis.

É por isso que, no mesmo periódico, umas páginas mais adiante, a afirmação da sempre "produzida" guerrilheira do arco-íris, a arrogante deputada do PS Isabel Moreira, soa como um colossal dislate: " O 25 de Abril é a data mais importante da nossa história". Dixit!

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