Caminha: a nova gestão municipal
Com a tomada de posse de Miguel Alves na presidência da C. M. de Caminha, militante do partido socialista, dos socialistas e demais forças políticas só poderá exigir-se uma permanente vigilância relativamente aos enquistamentos partidários e à gula das sucessivas e nóveis clientelas. Será um voto ingénuo? Uma piedosa esperança? Será. Mas espera-se que alguém pelo menos - dentro e fora dos partidos -, combata o autismo anti-democrático que marcou a gestão do PSD e que tantos malefícios acarretou para o concelho. Em sintonia, aliás, com o que se viu no país, miserável país tutelado por mafiosos grupos de pressão intra e extra-partidários.
Nestas últimas inenarráveis décadas marcadas pelo esbanjamento irracional de recursos, pelo caciquismo e a corrupção generalizada da parte de múltiplos agentes da governação central, regional e local. Como nos círculos adjacentes a esses poderes. E pasme-se, com uma quase plena impunidade.
A Miguel Alves, o novo autarca caminhense, é de desejar que paute a gestão da Câmara e a relação com os munícipes por um modelo de seriedade, ousadia e sentido social.
Uma conduta cívica irrepreensível. Exemplar. E que, consequentemente, venha justificar por inteiro a escolha do eleitorado. Ou seja, uma conduta que dê privilégio ao concelho e jamais ao Partido em que está inscrito.
Só assim poderemos estar com ele. Confiar nele.
Damos-lhe pois as mais expectantes Boas-vindas!