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17 mai 2013

Um país perante a bancarrota. Que fazer?

Que fazer para evitarmos  uma catástrofe colectiva,  para termos uma democracia decente, uma sociedade decente, uma vida decente para todos? Para todos os que, de forma modesta, ou com esforço físico e/ou mental continuado, se empenham, com o seu trabalho e ainda com um elevado padrão de comportamento cívico e social, na prossecução desse duplo e nobre objectivo, pergunta-se, pois, o que fazer?

Ora o que de imediato se impõe,  julgamos muitos entre nós, é exigir o cumprimento da lei maioritariamente estabelecida. Dispormos consequentemente de uma justiça impoluta, fiável, capaz de se honrar a si mesma e ao país e, daí merecer a confiança dos cidadãos.

Que a triste e misérrima justiça que temos nesta idade de trevas, tem sofrido, década após década, de uma insanável doença degenerativa, e que, nos últimos anos do melifluamente celerado socratismo, alcançou extremos inimagináveis de abastradamento, é um facto de que nem o mais néscio pode duvidar.

Ora o estado da justiça é, em primeira análise, da responsabiidade das equipas governativas e dos partidos que cozinham as mistelas legais que os seus rebanhos de deputados e seguidores amestrados, no geral, assinam de cruz. Ignaros seguidistas apenas motivados em conservar os luxos e prebendas que a si próprios têm outorgado, ou tão só podem recolher as migalhas que sobejam do banquete!

Alguns recentes indícios de que as coisas poderão evoluir diferentemente têm-se patenteado nos últimos meses. E não escasso é o mérito, até ver, da ministra da justiça no que respeita a esta inflexão positiva. E assim, finalmente vimos, passado um decénio de manobras e esforços de branqueamento, chegarem à cadeia alguns dos elementos do sinistro gangue que atormentou criminosamente as crianças e jovens da Casa Pia. Como após anos e anos de chicana processual, lá foi igualmente recebido um ex-ministro do PSD, Isaltino Morais, depois de atascar os tribunais e a paciência dos portugueses com mirabolantes recursos tendo em vista neutralizar as  sucessivas sentenças em que distintas instâncias judicativas fora condenado. Porém, obtendo contudo, o também "autarca modelo", nestes ínvios percursos processuais um escandaloso perdão de cerca de dois terços do tempo de pena. Mas lá está, apesar de tudo, entre grades, como de resto se impunha desde o início desta inacreditável e deletéria trapalhada, por fim a meditar sobre a vida e a política no calabouço da Carregueira.

Mas entre os pingos da chuva, parece que o responsável político que, ao longo destes anos de regime formalmente democrático, maiores malefícios causou ao país e à democracia, o famigerado José Sócrates, continua a manter os seus elegantes trajes armani confortavelmente secos e de vinco bem delineado, como a cirandar pela estranja, nomeadamente pelos bistrots mais in, mais chics de Saint-German-des-Prés e do XVIe parisienses. Sem falar na sua dilecta Venzuela chavista e todo o vasto mundo, como até, oh deuses ! a ser acolhido principescamente nos "plateaux" da televisão oficial, a RTP 1, que a todos nós pertence [ ??? ], para limpar a imagem e vender a banha da cobra que impingiu aos portugueses durante os mandatos da frenética e monótona propaganda que protagonizou.

Ora pelo jornal SOL, há umas semanas atrás, soube-se que ex-primeiro ministro possuía centenas de cheques em branco extraviados num recôndito lugar e onde apenas por razões estranhas ou mafiosas poderiam estar acautelados. Freeport, a tramóia do Face Oculta, que outro caso obscuro terão servido esses talões bancários de instrumento de evacuação de fundos?

Amontoados a bom recato, nos escaninhos de uma escrivaninha localizada numa remota quinta ribatajenana, outrora pertença de um familiar próximo.  Relata ainda o dito jornal que "os  cheques de José Sócrates são sequenciais, o que indica que foram requisitados na mesma data, e Sócrates chegou a estar na posse de 500". Estranhíssima situação. Afirmam isto os revisores oficiais de contas e fontes bancárias que o jornal contactou.

Que mafiosas cumplicidades, no interior da banca e decerto nas suas redondezas partidárias e outras, facilitaram esta insólita concessão? Concessão que nem as grandes empresas, pelos vistos, conseguem obter? Não há fumo sem fogo.

E que razão, é de insistir, explica que tal "espólio" tenha ido parar a uma quinta ribatejana, na posse do mencionado familiar, propriedade entretanto vendida. Vendida às pressas, sem a devida higienização das gavetas e esconderijos? Ou perversamente desleixados os cheques pelo parente desavindo ou só movido pela ferrugem de uma fóssil inveja que lhe atascava o espírito despeitado?

Ainda bem. Pois mais uma razão nos é dada para exigirmos a prestação de contas na justiça do bandoleiro político que nos arrstou alegremente para o abismo. Para o atoleiro de iminente bancarrota e para a situação humilhante de párias da comunidade internacional. A qual,através do FMI e restantes entidades da troika, interesseira e misericordiamente, agora nos cede uns analgésicos que apenas adiam, é bom de ver, uma inelutável e trágica agonia social e histórica para o país.

 

Posté par maranus à 00:51 - Commentaires [0] - Permalien [#]

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