A mais ilustre "amaragem" no rio Minho
Sabia o leitor Dentre-Minho e Lima, que um pequeno hidrovião que, em Novembro de 1933, fazia um voo entre Grenoble e Lisboa, apanhado numa tempestade, foi compelido a aproveitar as águas do rio fronteiriço que nos separa da Galiza para pousar e evitar o pior?
E era nada mais na menos o seu piloto um pioneiro da aviação, o celebérrimo Charles Lindberg, herói do ar que ousara pela 1ª vez , em Maio de 1927, voar sobre o Atlântico e estabelecer a ligação entre a América e a Europa.
No frágil "Albatroz" Lindberg trazia a esposa. E ambos foram gentilmente acarinhados pela população de Friestas (Valença), o local da insólita "aparição". E logo recompensados com uma garrrafa de Porto e um ramo de flores. (Cf. JN, 15.11.33).
E que tal, pergunta-se a propósito, se os friestenses explorassem o sucesso para atraírem à sua terra e ao Alto-Minho a vasta legião internacional de amantes da história da aviação e de tudo o que envolve essa mítica esfera da circulação humana no planeta, em particular na sua fase de lançamento?