Ministros no banco dos réus, muito bem!
Para reverter a caminhada do país para o abismo, impulsionada por várias gerações de políticos incompetentes e corruptos, não será enfraquecendo os mecanismos da democracia que o havemos de conseguir. Mas antes, com determinação e preseverança, procurando reforçar os mecanismos legais disponiveis e criando outros mais adequados e eficazes.
Ora, dentre os que estão já ao nosso dispor, avultam os que a justiça põe à disposição de todos. Isto, apesar da reconhecida fragilidade de tal instituição. Há muitos anos, de facto, ao nível das suas cúpulas - salvo muito raras excepções -, vêmo-la completamente submissa e associada aos interesses das máfias partidárias e empresariais.
Indicando o caminho a seguir, o Automóvel Club de Portugal, alegando gestão danosa dos recursos públicos no domínio das concessões rodoviárias, decidiu levar dois ministros e um sub-ministro do governo Sócrates a tribunal - Lino, Mendonça e Campos - responsáveis pelos mafiosos contratos que assinaram com as Parcerias Público Privadas que nos estrangulam já e vão asfixiar financeiramente por várias dezenas de anos.
É por aí que devemos ir. E há outros a inquirir sem esquecer o Maestro da orquestra.