A razão do secretismo: o segredo é a alma do negócio

Eis o que se pode ler em nota do Porta da Loja a propósito de declarações feitas por António Arnaut, um mação honestamente assumido e decerto bem intencionado:

"Em declarações ao jornal i de hoje diz [A. Arnaut] que os maçons "devem assumir-se voluntariamente" e que há "uma cultura de clandestinidade na instituição devido à perseguição de que a maçonaria foi alvo durante a ditadura".Não há dúvida que assim é [Ironia da Porta da L.] O PCP, partido mais que perseguido durante a ditadura, como todos sabem é organização secreta e muito discreta [e digo eu a comentar a Porta da L. , supersecreta e superdiscreta não há dúvida, ninguém conhece os seus militantes nem as suas práticas...]. Por isso [ de novo cito a Port da L.] pergunta-se António Arnaut: " que necessidade há de ocultar" ? António Arnaut finge não saber, como bom mação que é, mas a explicação é tão simples e simbólica como a escada em caracol da Regaleira: o segredo é a alma do negócio. É só isso."

Nota: Claro, claro, sem segredo e sem troca de favores, e tudo santificado por rondós de braço a braço, juramentos e sinais cabalísticos, o que estariam um governante, um empresário, um espião e um juiz a fazer naquela famigerada loja Mozart 49, ou em outra qualquer loja maçónica do país? A exercitar a virtude! assevera Arnaut... E Isaltino de Morais, o célebre autarca de Oeiras, outro bom e honesto mação confirma.