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6 janvier 2012

Joana e os traficantes

Em debate na RTP Informação, 05.01.12, Joana Amaral Dias, a propósito da escandalosa promiscuidade entre as instituições governativas - Governo, Assembleia da República,  etc - e as lojas maçónicas,  não se refugiou em falácias legalistas como as que a sua colega de mesa-redonda, Cristina ..., alguém que não me foi possível identificar - a qual apenas se mostrou preocupada, e mesmo deslocadamente exaltada, com as recentes fugas de informação havidas na Assembleia da República. Fugas  relativas ao inquérito parlamentar sobre o conluio da Ongoing, a empresa que manobrou ao serviço de J. Sócrates com vista a jugular a liberdade de expressão na TVI do tempo de Moura Guedes, Manuela, em conjunto com  elementos dos serviços de informação da República (SIED) - afinal uns e outros membros da mesma loja maçónica ... fugas que, assim sendo, finalmente, muito democraticamente puderam esclarecer melhor os cidadãos sobre os jogos ocultos dos poderes. Acrescentando assim transparência à vida pública. Ora tal senhora, decerto deputada, estava pois muito inquieta com a fugazinha! Mas em nada ficou a debatente Cristina perturbada com a rede política de tipo mafioso que, vamos agora sabendo, penetra profunda e escandalosamente, e  isso muito mais do que se imaginaria, a esfera política e empresarial em Portugal. E é claro, envolvendo uma enorme rede de muitos milhares de indivíduos que conseguem fazer eleger-se para isto e aquilo ocultando essa pertença aos seus concidadãos. Não é que afinal até os dois principais nomes da CIP, o presidente e o seu vice, figuram entre os comensais da mesma loja agora na berlinda?!!!

Que qualquer um possa pôr avental, cultivar amizades particulares e promover conciliábulos sobre a realidade política do país e o futuro da humanidade, nada a opôr. Aliás, é o que se faz nos partidos políticos e em inúmeras outras organizaçações, embora sem avental e sem esotéricos rituais e serôdios salamaleques. Todavia, qualquer candidato que assuma uma função pública relevante deve imperterivelmente dar a conhecer essa dependência àqueles a quem solicita o voto para os representar. Como aquele que exerça uma função em que a independência de juízo deva ser princípio incontornável. Num caso e no outro, deverá ser  obrigatoriamente manifestada essa lealdade exterior à causa pública para um cabal esclarecimento dos eleitores e restantes cidadãos da República.

Tudo isto foi claramente explicado por Paulo Rangel, deputado europeu e militante do PSD, bem como por Joana Amaral Dias, militante do Bloco de Esquerda. Mas esta aguerrida política e psicóloga, com a sua habitual contundência, não reteve uma justa e mais que legítima indignação: " Não compreendo,  afirma, como em Democracia existem sociedades secretas. São contrárias à Democracia." E disse, pois, o que tinha a dizer!. E o que todos mais ou menos pensámos. Aliás, a começar pelos próprio visados, porquanto, de outro modo, não teriam receio em revelar o seu compromisso anti-tradicionalista, a sua escassa ou ziquezagueante fidelidade à identidade nacional e o seu intenso ardor internacionalista. E tudo -  no quadro desse difuso envolvimento ideológico - na realidade, para a maioria dos seus aderentes, apenas um véu de poeira a cobrir intenções bem mais substanciais -, tudo ainda jurado e simbolicamente selado em solenes celebrações de lealdade entre maçons. A este propósito, Luís Montenegro do PSD e Carlos Zorrinho do PS, agora por alguém tirados do armário, e vejam lá!, ambos  líderes parlamentares destas duas capitais forças políticas, vergonhosamente, ao serem interrogados por jornalista sobre essa filiação fugiram ao  assunto e embrulharam-se em cobardes evasivas. Como é possível, em democracia, pergunta-se, um tal comportamento por parte de tão altos responsáveis políticos? Amanhã, de imediato, deveria ser aberto inquérito para esclarecer o assunto. E a ser autêntica a sua condição maçónica, ao terem-na denegado de forma tão miserável face ao país, o mínimo que poderiam esperar era, dada uma tão brutal deslealdade a sua expedita irradiação da Assembleia da República.

Quanto a Joana, sem papas na língua, como é seu timbre e como deve ser, acrescentou ainda, a respeito destes beneméritos e virtusos barões portadores da folclórica tanga do esquadro e do compasso, e oportunisticamente desprovidos de qualquer verdadeira crença filosófica ou exigência ética: " Hoje reúnem-se para proceder a tráficos de empregos, amanhã de subvenções [depois disto e daquilo]".

Traficantes, eis o epíteto certeiro e exclusivo que lhes assestou.

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