MRS, uma infrene beijoqueirice populista
Agora um presidente de uma República da UE interrompe uma solene reunião de trabalho, não para tratar de uma urgente ocorrência diplomática ou de uma grave situação social ou política, mas tão somente para mandar "um beijinho", isto é, saudar a animadora de um novo programa televisivo matinal tipo pimba. É claro para assegurar actuais e futuras conivências políticas.
Porém, sobretudo e paralelamente, visando garantir a paz com um antigo 1º ministro, o tal da "cuca" transviada, e proprietário do mesmo palco. E assim garantir a benevolência da estação para próximas ocasiões e futuras lutas eleitoriais. Lutas que Marcelo, muito de antemão e como ninguém, é perito em definir e desenvolver com astúcia e prontidão.
Com a esganiçada moça ex-gouchiana das TVs mais o barão de Balsemão à ilharga, não há segundo mandato que escape a tão austero presidente, ele que é tão alérgico a folclores e populismos.
PS. Quanto a defender agora a abolição das propinas para o ensino superior, nada tem pois a ver com mais populismos. Acontece que a medida vai agravar ainda mais a descriminação entre os estudantes de extracção urbana, com universidade à porta de casa,cama, mamã e roupa lavada, relativamente à massa dos alunos vindos da província. Os que têm a transferir-se para a longínqua capital e aí dispender enormes custos de alojamento e alimentação que os camaradas locais obviamente não suportam. Ora as verbas das propinas dos urbanos deveria o Estado, isso sim, deslocá-las para assegurar as despesas de quem chega de longe e que desequilibram fortemente o principio do direito à educação para todos. Oh deixem lá na província a roçar mato essa valorosa mocidade e logo o eucaliptal poderá alastrar sem mais dano entre o Minho e o Guadiana.